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A nstech, empresa de software para supply chain, divulgou uma análise sobre os roubos de cargas no Brasil, com base em informações levantadas pelas gerenciadoras de risco BRK, Buonny e Opentech. O resultado ajuda a entender a lógica do crime contra as frotas e a pensar em formas de enfrentar o problema. Cerca de 62,4% dos crimes acontecem no Sudeste – o que é menos do que no ano passado, quando a participação chegava a 80,6% –, mas ainda representa mais da metade das ocorrências no país. A região concentra o maior mercado consumidor e as maiores frotas do país. A segunda posição no ranking ficou com o Nordeste, com 21,3% do total, um crescimento de 5,5% em relação ao ano passado.
Dentro do Sudeste, a participação de São Paulo nos roubos de cargas diminuiu 11,8%, após uma série de ações policiais. Assim, os crimes caíram de 68,6% para 56,8% do total da região. Em compensação, aumentaram no Rio de Janeiro, que representou 21,9% dos roubos, contra 18,7% no ano passado. No Sudeste, 50% das perdas ocorreram com o roubo de cargas fracionadas, contra outras 39% em operações de transporte de alimentos e 10,8% de eletrônicos. Embora as cargas fracionadas continuem como o principal alvo dos criminosos, o segmento sofreu uma queda de 14,7% em relação a 2024.
Na média geral, 23,2% das ocorrências acontecem à noite, um índice maior que o registrado no ano passado, de 19,4%, o que indica que as quadrilhas passaram a planejar os ataques em horários de menor movimento e policiamento. Isso é verdade principalmente para as cargas fracionadas, entre as quais 54,2% dos casos aconteceram no período noturno.
Quando se pensa nas rodovias, a mais perigosa foi a BR-101, que percorre o litoral de norte a sul, e que respondeu por 14,7% dos prejuízos – e que quase dobrou em relação ao volume de ocorrências do ano passado. O segundo lugar ficou com a BR-226, com 8% dos crimes, com o maior volume concentrado nos estados do Tocantins e do Maranhão.
Segundo cálculos da NCT&Logística, o valor perdido com roubos de cargas ano passado foi de R$ 1,2 bilhão, e várias das quadrilhas estão ligadas a facções criminosas como PCC e CV. Nem tudo, porém, são más notícias. A nstech avalia que soluções tecnológicas ajudaram clientes a reduzir em 32% a taxa de sinistralidade no primeiro trimestre de 2025 em comparação com 2023. O principal fator para isso são ferramentas que integram inteligência artificial e machine learning para checagem de motoristas e veículos, mitigando riscos sem comprometer as operações.
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