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Uma imensa mina de carvão no interior da China anunciou o início de uma operação que contará com 300 caminhões autônomos elétricos até 2028. Conectados a uma nuvem, eles irão operar com eficiência 20% maior que os veículos dirigidos por motoristas humanos. A primeira fase do projeto foi lançada em maio, com 100 caminhões do modelo XCMG ZNK95, que não possuem sequer cabine para motorista. Eles estão ligados ao Serviço de Nuvem de Condução Autônoma de Veículos Comerciais (CVADCS) da Huawei, que permite comunicação em tempo real entre os caminhões e a central de controle, por meio de uma rede 5G. Cada caminhão consegue transportar até 90 toneladas, trabalhando em condições tão extremas quanto temperaturas de -40 °C, nas quais um motor a combustível enfrenta dificuldades enormes. Com 565 cv de potência e baterias de até 422 kWh, os caminhões são adequados para operações em locais de alto risco, onde substituir motoristas humanos é também uma medida de segurança. O que permite o uso tão intensivo da automação é que a área coberta por esses caminhões será relativamente pequena. Eles irão operar dentro de um trajeto médio de 60 km a partir da mina e não circularão por grandes rodovias onde há veículos comuns.
A Huawei confirma que avalia a possibilidade de levar esses modelos autônomos para minas da América Latina e da África. O anúncio de uma frota tão grande chama a atenção pelas dimensões do projeto, mas está longe de ser um fato isolado. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Aurora Innovation anunciou uma operação de transporte comercial com caminhões autônomos pesados em vias públicas, em um trajeto entre Dallas e Houston, no Texas. Os primeiros testes envolveram carregar produtos congelados por mais de 1.930 quilômetros, sem qualquer intervenção humana. Já a alemã MAN apresentou ao público, no final de maio, seu primeiro caminhão autônomo, desenvolvido com um financiamento de 59 milhões de euros do Ministério de Assuntos Econômicos e Proteção Climática da Alemanha.
Há vários motivos para a aposta de fabricantes e gestores de frotas nos veículos autônomos. Eles não são afetados pela dificuldade de recrutar mão de obra nem estão limitados ao número de horas de trabalho dos motoristas humanos. A direção cibernética permite uma diminuição no consumo de combustível (ou energia, no caso dos elétricos) e na quantidade de acidentes. Além disso, as peças sofrem menos desgaste, porque os veículos são menos expostos a acelerações desnecessárias e ao uso incorreto dos equipamentos.
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