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As vendas de caminhões novos pisaram no freio em 2025, principalmente em função dos juros elevados e do alto preço dos veículos pesados. Com as variáveis econômicas atrapalhando, muitas empresas optaram por adiar a renovação da frota. Mas, para muitas outras que fizeram questão de buscar veículos novos, o socorro veio de um recurso financeiro tipicamente brasileiro: o consórcio. De janeiro a setembro de 2025, foram vendidas 153 mil cotas de consórcio de caminhão, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). A estimativa é que, até o final do ano, esse número atinja 240 mil cotas.
O consórcio é uma forma de financiamento criada no Brasil nos anos 1950, com base na cultura de compras coletivas trazida pelos imigrantes japoneses. O sistema sem juros, que prevê pagamentos mensais em grupo, no Japão era informal, feito apenas entre conhecidos, e tinha como base a confiança “no fio do bigode”. A versão brasileira abriu os grupos para pessoas que não se conheciam e incluiu a regulamentação do Banco Central, o que deu mais confiabilidade e permitiu que empresas buscassem o recurso. O sistema movimentou, no setor de veículos pesados (que inclui caminhões e máquinas agrícolas) R$ 33,5 bilhões de janeiro a agosto de 2025. É um crescimento de 13,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o tíquete médio praticamente duplicou, chegando a R$ 401,4 mil. Traduzindo os números: um em cada quatro caminhões vendidos no país este ano utilizou o sistema de consórcio.
Os caminhões representam 7,8% de todos os consórcios no país, contra 25% de motos e 42% de automóveis e caminhonetes. As vendas de implementos também têm sido impactadas pelo sistema. A Librelato lançou, em 2025, seu próprio consórcio e registrou, no primeiro mês, mais de R$ 100 milhões em negócios. Já a Embracon, uma das grandes empresas independentes do setor de consórcio, registrou 110% de crescimento nas vendas de cotas para veículos pesados.
Saiba mais sobre o tema nos sites Transporte Moderno, Estradão e Frota & Cia.
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