Biometano deve expandir seu mercado no país

Sendo um gás que é gerado a partir de resíduos orgânicos e com custo inferior ao do diesel convencional, o biometano pode se tornar o protagonista para um transporte mais barato, limpo e sustentável. Ele contribui para a redução em até 89% das emissões de gases de efeito estufa e, atualmente, conta com apenas oito unidades autorizadas a comercializá-lo no Brasil.

Mas essa realidade está prestes a mudar! Com a recente sanção do Projeto de Lei do Combustível do Futuro, o biometano será prioridade no abastecimento de caminhões no setor de transporte. Estão previstos mais investimentos em sua comercialização, com expectativas de que 194 plantas sejam implantadas até o ano de 2032. Outro ponto importante é que, com a nova legislação, foi introduzida a certificação da origem do biometano, um elemento essencial para atrair mais investimentos e ajudar as empresas que estão em busca de reduzir suas emissões de carbono.

Segundo avaliação de João Caetano Magalhães, diretor da Redirection International, assessoria especializada em fusões e aquisições (M&A), o Combustível do Futuro deve acelerar fusões e aquisições no mercado de biometano. Ele indica que muitas empresas do setor de energia pretendem investir no biometano para diversificar seus portfólios ao atender às metas de carbono zero e acessar incentivos regulatórios. Ele afirma: “Assim, o biometano ganha relevância estratégica, o que pode acelerar processos de consolidação e integração vertical no setor”.

Por outro lado, o diretor da Scania, Gustavo Bonini, acredita que ainda não há políticas públicas que incentivem a construção de uma completa infraestrutura de abastecimento de gás natural e biometano para os caminhões. Entre as medidas que poderiam ser adotadas, segundo Bonini, para políticas de incentivo aos corredores de gás e biometano, estariam as linhas de financiamento com estímulos para postos de abastecimento, os descontos em pedágios para caminhoneiros com veículos a gás e o desenvolvimento de rodovias que sejam construídas já interligadas a essa infraestrutura.

Saiba mais detalhes nos sites Eixos e Portal NTC.

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