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A mistura obrigatória de biodiesel vai subir de 14% para 15% no óleo diesel vendido nos postos brasileiros, a partir de agosto. A medida, anunciada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), acontece em paralelo com o aumento do etanol de 27% para 30%. O objetivo das duas medidas é reduzir a dependência de combustíveis fósseis, que vivem a perspectiva de aumentos de preços em função da instabilidade internacional, diminuir a necessidade de importações e, claro, reduzir a emissão de poluentes.
A medida deve causar um aumento mínimo no custo do diesel, cerca de um centavo por litro. Mas o que está causando reclamações de diversas entidades é a discussão sobre os efeitos da proporção de biodiesel nos motores dos veículos. A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) manifestou-se dizendo que o aumento da mistura pode provocar prejuízos operacionais e econômicos para os donos de caminhões e ônibus movidos a diesel. Para apresentar seu ponto, mostrou um estudo que diz que o prazo de validade dos filtros de combustível se reduz pela metade, o que aumentaria em 7% o custo médio de manutenção por veículo. Em janeiro de 2025, a Confederação Nacional do Transporte (CNT), junto com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e outras entidades, havia publicado um documento que pedia testes abrangentes antes de qualquer alteração na proporção dos combustíveis.
O governo, por sua vez, apresenta estudos que dizem que os motores suportam a nova mistura. Em entrevista ao Estadão, o especialista em combustíveis Vitor Sabag, do Gasola, comentou que, segundo o relato de diversas empresas, a mistura com mais biodiesel pode causar problemas de corrosão e nos sistemas de injeção, principalmente nos caminhões de modelos mais antigos, o que pode provocar aumento nos custos de manutenção. A adição de biodiesel acontece no Brasil desde 2008, mas, segundo alguns levantamentos, a idade média da frota de caminhões brasileiros chegaria a de 21 anos, o que significa que muitos veículos em circulação foram produzidos antes da exigência de preparo para a mistura do combustível.
Leia mais nos sites Estadão, Blog do Caminhoneiro, CNT e Brazil Journal.
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